As palavras são como vinho, é preciso beber para sabê-las. Mas, não é tão simples, é preciso antes aprender a bebê-las, degustá-las,descobrir os seus becos, seus meandros, seus aromas secretos de palavras, saber esperar a sua hora minúscula, oculta, seus caramelos congelados que esperam a chegada da primavera para transformar-se de novo em palavras pétreas e poder significar.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Enquanto Ela Não Chegar



Quantas coisas eu ainda vou provar?
E quantas vezes para porta eu vou olhar?
Quantos carros nessas ruas vão passar?
Enquanto ela não chegar

Quantos dias eu ainda vou esperar?
E quantas estrelas eu vou tentar contar?
E quantas luzes na cidade vão se apagar?
Enquanto ela não chegar

Eu tenho andado tão sozinho,
que eu nem sei no que acreditar
E a paz que busco agora
nem a dor vai me negar.

Não deixe o Sol morrer
Errar é aprender
Viver é deixar viver.

Quantas besteiras eu ainda vou pensar
E quantos sonhos do tempo vão se esfarelar
Quantas vezes eu vou me criticar
Enquanto ela não chegar

Eu tenho andado tão sozinho,
que eu nem sei no que acreditar
E a paz que busco agora
nem a dor vai me negar.

Não deixe o Sol morrer
Errar é aprender
Viver é deixar viver. 


Frejat

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog

Quem sou eu

Minha foto
Pelotas, RS, Brazil
Quem sou eu? Pois começo a pensar: como Leolo, não o sou, porque eu sonho. Parce que moi, je rêve. Je ne le suis pas. Abdico do reinado de ser para estar um rio: um poderoso rio castanho, taciturno, indômito e intratável... O aroma das uvas sobre a mesa de outono. O seu estuário onde a estrela-do-mar, o caranguejo e o espinhaço da baleia são arremessados para a pulsação da terra. Tudo tange e vibra. Fora isso, há esse tempo de agora, ex nihilo, mastigando algum pedaço de silêncio enquanto a poesia vibra. Desse mim, não há muito o que dizer, mas certamente há muito o que inventar.

Seguidores