As palavras são como vinho, é preciso beber para sabê-las. Mas, não é tão simples, é preciso antes aprender a bebê-las, degustá-las,descobrir os seus becos, seus meandros, seus aromas secretos de palavras, saber esperar a sua hora minúscula, oculta, seus caramelos congelados que esperam a chegada da primavera para transformar-se de novo em palavras pétreas e poder significar.

sábado, 24 de maio de 2008


Un día moriré sin morirme.
Moriré para ciertas cosas nada más.
Moriré para el aire de las sombras,
la cadenas gastadas
de ciertos condecorados acreedores al miedo.
Moriré en blanco, sin sábanas ni gritos.
Será en una trinchera tapizada de Utopías,
Con un banderín blanco en alto
para inventariar pájaros.
Un día moriré para ciertas cosas;
el cementerio estará vedado de ingreso
al invierno de los miedos.
El vino será más vino
y tu mano más apretada al verso.
Moriré en el pueblo
ocupado de otras cosas,
pues ya dije que solo moriré para ciertas cosas.
No morirá mi creencia, porque algo he de llevarme;
tu rosario, el que tus manos contaban cada cruz.
Mi lápiz azul, mi única bandera,
el sonido del aire remolineando olvidos.
Un poco de agua en el alma, el del inicio,
vientre madre.
Un día moriré solo para acabar cansancios,
pero no cerraré los ojos
porque querré llenarme de vida.


Ricardo d. mastrizzo

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Pelotas, RS, Brazil
Quem sou eu? Pois começo a pensar: como Leolo, não o sou, porque eu sonho. Parce que moi, je rêve. Je ne le suis pas. Abdico do reinado de ser para estar um rio: um poderoso rio castanho, taciturno, indômito e intratável... O aroma das uvas sobre a mesa de outono. O seu estuário onde a estrela-do-mar, o caranguejo e o espinhaço da baleia são arremessados para a pulsação da terra. Tudo tange e vibra. Fora isso, há esse tempo de agora, ex nihilo, mastigando algum pedaço de silêncio enquanto a poesia vibra. Desse mim, não há muito o que dizer, mas certamente há muito o que inventar.

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