As palavras são como vinho, é preciso beber para sabê-las. Mas, não é tão simples, é preciso antes aprender a bebê-las, degustá-las,descobrir os seus becos, seus meandros, seus aromas secretos de palavras, saber esperar a sua hora minúscula, oculta, seus caramelos congelados que esperam a chegada da primavera para transformar-se de novo em palavras pétreas e poder significar.
sábado, 24 de maio de 2008
La sombra de mi alma
La sombra de mi alma
huye por un ocaso de alfabetos,
niebla de livros
y palabras.
La sombra de mi alma!
He llegado a la línea donde cesa
la nostalgia,
y la gota de llanto se transforma
alabastro de espíritu.
(La sombra de mi alma!)
El copo del dolor
se acaba,
pero queda la razón y la substancia
de mi viejo mediodía de labios,
de mi viejo mediodía
de miradas.
Un turbio laberinto
de estrellas ahumadas
enreda mi ilusión
casi marchita
La sombra de mi alma!
Y una alucinación
me ordeña las miradas.
Veo la palabra amor
desmoronada.
Ruiseñor mío!
Ruiseñor !
Aun cantas?
_________________
Da obra “Libro de poemas(1921)” de Federico Garcia Lorca Diciembre de 1919 (Madrid)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Marcadores
Visite também
Arquivo do blog
-
▼
2008
(40)
-
▼
maio
(32)
- Corazón coraza
- No te salves
- Me gustas cuando callas porque estás como ausente,...
- Os dias não se descartamnem se somam,são abelhas q...
- Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em ...
- Niña Pastori e Falete - Válgame dios
- Que pena
- La sombra de mi alma
- De manhã
- Aqui no peito
- Confissão
- Na véspera de ti
- Minha mãe achava estudoa coisa mais fina do mundo....
- Ilumina-me
- Não, não se desfia a rede dos anos: não há rede.nã...
- SOS
- A língua girava no céu da boca. Girava! Eram duas ...
- Un día moriré sin morirme.Moriré para ciertas cosa...
- Na noite terrível, substância natural de todas as ...
- Estala, coração de vidro pintado
- Quanta coisa ardedentro da noiteque não as estrela...
- Permanência
- Eu sei, mas não devia
- Entonces
- “Acreditei que se amasse de novoesqueceria outrosp...
- Flores do mais
- PÁJAROS
- LLAMAME
- Abismal
- Pausa
- Houve um tempo
- A primavera chegará
-
▼
maio
(32)
Quem sou eu
- Marcello
- Pelotas, RS, Brazil
- Quem sou eu? Pois começo a pensar: como Leolo, não o sou, porque eu sonho. Parce que moi, je rêve. Je ne le suis pas. Abdico do reinado de ser para estar um rio: um poderoso rio castanho, taciturno, indômito e intratável... O aroma das uvas sobre a mesa de outono. O seu estuário onde a estrela-do-mar, o caranguejo e o espinhaço da baleia são arremessados para a pulsação da terra. Tudo tange e vibra. Fora isso, há esse tempo de agora, ex nihilo, mastigando algum pedaço de silêncio enquanto a poesia vibra. Desse mim, não há muito o que dizer, mas certamente há muito o que inventar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário