As palavras são como vinho, é preciso beber para sabê-las. Mas, não é tão simples, é preciso antes aprender a bebê-las, degustá-las,descobrir os seus becos, seus meandros, seus aromas secretos de palavras, saber esperar a sua hora minúscula, oculta, seus caramelos congelados que esperam a chegada da primavera para transformar-se de novo em palavras pétreas e poder significar.

sábado, 11 de junho de 2011

Juan Ramón Jiménez



Juan Ramón Jiménez

Moguer, Huelva, 1881 - San Juan de Porto Rico, 1958

 

Poeta espanhol. Foi em 1900 para Madrid, onde se ligou aos poetas modernistas. A partir da eclosão da guerra civil espanhola (1936-39) viveu nos Estados Unidos, Argentina, Cuba e Porto Rico. Juan Ramón Jiménez teve o grande mérito de ter evoluído, a partir do modernismo, para um novo tipo de poesia. Efectivamente, os seus primeiros livros (Arias tristes, 1903, Jardines lejanos, 1905) têm a ver com o modernismo, enquanto Espacio, um longo trecho poético escrito nos seus últimos anos, de uma prodigiosa beleza na expressão de vivências metafísicas, é prova da construção de um completo universo lírico.  

A sua obra mais conhecida, Platero e Eu (Platero y yo,1914), data de uma época de relativa maturidade. Trata-se de uma elegia em prosa em que o poeta faz as suas confidências a um burro. Nos seus últimos anos, expatriado na América, o despojamento ornamental dos seus poemas atingiu o apogeu, chegando o poeta a uma expressividade de uma extraordinária tensão lírica. Em 1956 foi-lhe atribuído o Prémio Nobel da Literatura.

Fonte: http://www.vidaslusofonas.pt/juan_ramon_jimenez.htm

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Quem sou eu

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Quem sou eu? Pois começo a pensar: como Leolo, não o sou, porque eu sonho. Parce que moi, je rêve. Je ne le suis pas. Abdico do reinado de ser para estar um rio: um poderoso rio castanho, taciturno, indômito e intratável... O aroma das uvas sobre a mesa de outono. O seu estuário onde a estrela-do-mar, o caranguejo e o espinhaço da baleia são arremessados para a pulsação da terra. Tudo tange e vibra. Fora isso, há esse tempo de agora, ex nihilo, mastigando algum pedaço de silêncio enquanto a poesia vibra. Desse mim, não há muito o que dizer, mas certamente há muito o que inventar.

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