As palavras são como vinho, é preciso beber para sabê-las. Mas, não é tão simples, é preciso antes aprender a bebê-las, degustá-las,descobrir os seus becos, seus meandros, seus aromas secretos de palavras, saber esperar a sua hora minúscula, oculta, seus caramelos congelados que esperam a chegada da primavera para transformar-se de novo em palavras pétreas e poder significar.

domingo, 4 de janeiro de 2009


Todas las palabras que digo están manchadas.

Digo aire
y viene uma sombra
digo sueño
y se me pega a los lábios da hiel
digo árbol
y oigo gemir al olvido
digo río
y suenan risas sin bocas
digo piedra
y se apaga el sonido
digo cielo
y se marchita el color
digo pájaro
y oigo ruídos de cosas que se arrastran
digo viento
y pasan ciclos de ceniza
digo nube
y vuelan junto a mi palomas tristes
digo tiempo
y se abre la noche bajo mis pies
digo hombre
y em la voz se me hiela el anhelo
digo madre
y escucho solo el lejano batir del mar
digo amor
y me duele
digo libertad
y no entiendo
digo muerte
y cresce, se me enrosca em los cabellos
intacta uma flor.
Las otras palabras,
Todas las palabras que dije antes,
Estaban manchadas



Luisa Pasamanik - Argentina

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Quem sou eu

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Pelotas, RS, Brazil
Quem sou eu? Pois começo a pensar: como Leolo, não o sou, porque eu sonho. Parce que moi, je rêve. Je ne le suis pas. Abdico do reinado de ser para estar um rio: um poderoso rio castanho, taciturno, indômito e intratável... O aroma das uvas sobre a mesa de outono. O seu estuário onde a estrela-do-mar, o caranguejo e o espinhaço da baleia são arremessados para a pulsação da terra. Tudo tange e vibra. Fora isso, há esse tempo de agora, ex nihilo, mastigando algum pedaço de silêncio enquanto a poesia vibra. Desse mim, não há muito o que dizer, mas certamente há muito o que inventar.

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