Ainda que não apareças mais
no fundo azul da vida
vou te guardar
como esse vento de abril
febril ventril da alma
espécie de abandono
que não é tristeza
e fica nas palavras
somando-se ao doce
balanço das sílabas
Como esse vento de abril
que não se abre ao coração
mas resplandece
na porta da casa
na porta de dentro da solidão
na asa do desejo
Ainda que não apareças
fico-me aqui
frente a mim mesmo
como um quarto sem janelas
aberto ao seu mundo interno
copo de bruços na madrugada
fico-me
como as distâncias
distendendo-me na luz
um silêncio
doendo na pele
que te guarda
como uma flor
ou
pele por onde respiro
o semblante da aurora
onde
fico-me a renascer
LUIZ DE MIRANDA
Poeta Gaúcho
no fundo azul da vida
vou te guardar
como esse vento de abril
febril ventril da alma
espécie de abandono
que não é tristeza
e fica nas palavras
somando-se ao doce
balanço das sílabas
Como esse vento de abril
que não se abre ao coração
mas resplandece
na porta da casa
na porta de dentro da solidão
na asa do desejo
Ainda que não apareças
fico-me aqui
frente a mim mesmo
como um quarto sem janelas
aberto ao seu mundo interno
copo de bruços na madrugada
fico-me
como as distâncias
distendendo-me na luz
um silêncio
doendo na pele
que te guarda
como uma flor
ou
pele por onde respiro
o semblante da aurora
onde
fico-me a renascer
LUIZ DE MIRANDA
Poeta Gaúcho
Nenhum comentário:
Postar um comentário